CONTEÚDO EXCLUSIVO P/ ASSINANTES
Digite seu login e senha e faça seu download

Login:   Senha:  
 

Remédio para sobreviver à crise

Trocamos ideia muitos colegas de como sobreviver à crise, que antes parecia, ser 1 ou 2 anos de Dilma, e acabou se perdurando mais 1 ano com o Temer e o escândalo da JBS, que até então parecia que teríamos uma melhora, mas com mais um monte de escândalos, voltamos a patinar e sem nenhum sinal de melhora por mais 1 ano. E nisso estamos há quase 4 anos. Em uma crise que se aprofunda e jamais esperávamos que fosse tão demorada.
Em minha humilde visão de tantas crises passadas, é que realmente nunca vi (e vivi) nada igual e nem tão longa. Porém a decisão de fechar uma loja (por conta da crise) é arcar com um prejuízo enorme e por outro lado, manter uma loja sangrando todo mês, é suportável até certo período.
Logo, acredito que a única solução para o lojista seria aumentar sua margem em pelo menos 5%, para ajudar a cobrir o prejuízo que estamos passando e diminuir as perdas, pois reduzir preços neste momento ou margens, de nada vai adiantar, pois não temos consumidores com demanda.
Não vai existir promoção que compense uma redução de margem de 20% e teríamos que ter um aumento de vendas em no mínimo 40%, para compensar esta redução de 20%%, Além de que reduzir 20% os preços nada significariam para o consumidor, que mal está conseguindo pagar seu plano de saúde, por exemplo. Deste modo, a redução de margem, imaginando que teremos aumento do consumo, é a morte rápida!
Dialogando com os fornecedores temos que cada entender que o Brasil tem mercados diferentes, com custos de impostos, logística e aluguéis completamente distintos. Já está provado que regular o preço de venda ao consumidor nunca deu certo. Logo a única solução seria os fornecedores entenderem que a melhor maneira de controlarem seus preços na ponta de venda, será fazendo 3 tabelas de preços com diferenças mesmo que pequenas, mas pelo bem do mercado.
Vamos fazer uma analogia ao mercado dos EUA, que hoje quem mais está chorando os prejuízos são os fornecedores em seus escritórios em Hong Kong, com o déficit deixado pela Toys ‘R’ US. Grandes empresas e pequenas todas sofreram, mas a culpa foi delas mesmas, que gananciosas, estavam muito satisfeitas com o crescimento de canais de vendas de não-especializados como o Target, Walmart e Amazon, onde o custo de ocupação, logística e encantamento não pode fazer nenhuma diferença para a grande rede especializada Toys ‘R’ US não conseguiu sobreviver, pois com os preços 15% menores no Target e Walmart, self-service e o e-commerce da Amazon, mais agressivo ainda com os Market Places de pequenos vendedores domiciliares com preços até 25% menores. Destruíram a melhor vitrine de brinquedos da América.
Logo a única solução, é não repetirmos esta mesma história aqui no Brasil e que os fornecedores acordem e tenham 3 ou 4 tabelas diferenciadas entendendo a situação de cada lojista, para termos um mercado mais justo e competição mais equilibrada para todos, afinal não estamos vendendo preços, mas produtos para brincar e encantar as crianças.
Outro ponto importante a se destacar, é que se percebe que precisamos melhorar, depois de muitos anos com os representantes, é que realmente o representante visite as lojas, veja o que está vendendo, tenha planilhas para saber o que está com problemas, faça alguma ação com os vendedores, faça treinamento dos produtos, que realmente faça o seu produto girar nas lojas. Afinal, termos um tirador de pedidos e que fique compra, e ligando para agendar é coisa do passado e que não funciona mais. Meus representantes irão me matar por ter escrito isso, mas acredito na política o que vale é a verdade e que não venda ilusões. Afinal negócio bom, só é bom, quando é bom para os dois lados!

 

 

 

 

 

     
1997-2018 Editora Quatro Estações - Todos os Direitos Reservados