ECONOMIA  
COMÉRCIO TEM O SEGUNDO PIOR NATAL DESDE 2003, APONTA SERASA EXPERIAN
Varejo tem o terceiro ano seguido de recuo nas vendas natalinas, mas com queda significativamente menor que em 2015. Com resultado negativo, comércio aposta no período de promoções para recuperar faturamento

Vendas caem 4,0%. São Paulo também registrou recuo
Na semana do Natal (18 a 24 de dezembro de 2016), as vendas do varejo caíram 4,0% em todo o país sobre a semana de 18 a 24 de dezembro de 2015, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio – Natal 2016. Este foi o segundo pior desempenho do varejo para as vendas de Natal desde a criação do Indicador, em 2003.

2016
2015
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
2003
-4.0%
-6.4%
-1.7%
2.7%
5.1%
2.8%
15.5%
4.1%
2.8%
5.3%
5.6%
6.0%
16.1%
17.0%

Na cidade de São Paulo, as vendas também caíram na semana do Natal deste ano: 4,5% menores que as da mesma semana do ano passado.

De acordo com os economistas da Serasa Experian a alta do desemprego, o crediário caro e confiança do consumidor em patamar deprimido pesaram sobre as vendas de Natal deste ano. Vale notar também que este foi o terceiro recuo consecutivo das vendas de Natal, pois estas já haviam recuado 6,4% em 2015 e 1,7% em 2014.

Para os economistas da Serasa Experian, inflação e desemprego em alta, crediário caro, quedas da renda real e dos níveis de confiança dos consumidores, desestimularam o movimento dos consumidores nas lojas durante a data comemorativa do Natal deste ano.

Metodologia
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio tem como base uma amostra das consultas realizadas no banco de dados da Serasa Experian. Foram consideradas as consultas realizadas no período de 18 a 24 de dezembro de 2016 e comparadas às realizadas no período de 18 a 24 de dezembro de 2015.

Vendas a prazo no Natal caem 1,46%, revela indicador do SPC Brasil

O comércio varejista registrou mais um Natal com queda no volume de vendas. De acordo com o indicador apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), as consultas para vendas a prazo registraram queda de 1,46% na semana que antecedeu o Natal, entre os dias 18 e 24 de dezembro. Trata-se do terceiro ano consecutivo em que as parcelas parceladas apresentam queda no período, mas em 2015 a contração havia sido a pior em cinco anos, de -15,84%; em 2014 de -0,7%.

"O resultado negativo já era aguardado pelos lojistas e reflete a tendência de desaquecimento das vendas no varejo observado ao longo de 2016, em virtude do cenário econômico desfavorável, com crédito mais caro, inflação elevada, aumento do desemprego e baixa confiança do consumidor para se endividar", analisa o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. "Ainda assim, vemos uma forte desaceleração na queda do volume de vendas, indicando que os piores momentos da crise ficaram para trás."

2016: um ano de quedas para o comércio

As consultas para vendas a prazo no Natal repetiram o comportamento de baixa das demais datas comemorativas deste ano: a queda nas intenções de vendas parceladas também se repetiu no resultado do Dia das Mães (-16,40%), Dia dos Namorados (-15,23%), Dia dos Pais (-7,15%) e Dia das Crianças (-9,02%). O recuo no Natal foi o menor de todas as datas comemorativas.

Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a queda no volume de vendas parceladas no comércio é consequência direta da crise econômica. "O comércio vendeu menos a prazo, mas não significa que o brasileiro deixou presentear. Os consumidores estão mais preocupados em não comprometer o próprio orçamento com compras parceladas, por isso optaram por presentes mais baratos e geralmente pagos à vista, as famosas 'lembrancinhas'. Com o acesso ao crédito mais difícil, juros, inflação e desemprego elevados, o poder de compras do brasileiro ficou muito mais limitado para compras caras", diz Pinheiro.

 


 

 

 
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